Com estas considerações do post anterior, tem início a “peregrinação” pelos campos, por vezes traiçoeiros, de minhas memórias.
Gostaria de agradecer aqui a ajuda de: Adolpho Milech, Dan Pilderwasser, Marlene Sztyglic, Perla Shcolnik, Rachel Vaisman e dos três Jacob Arkader (filho de Chana e Pinchos Arkader)
Gostaria de agradecer aqui a ajuda de:
Parti do Encantado (uma das fronteiras que criei para delimitação de bairros) e me dirigi ao Engenho Novo, pelo eixo Arquias Cordeiro.
® Açougue da família Sender, criado pelo Sr. Machil (Miguel) Sender, junto à esquina de Arquias Cordeiro e José Bonifácio – Mais tarde, foi assumido pelos herdeiros, especialmente o filho Maurício, que expandiu a atividade, criando um grande frigorífico.
® Ao lado, na curva entre aquelas duas ruas – Loja de móveis de Chanina Zajdhaft, que vivia próximo ao local, na companhia da esposa Laja (Lea) e das filhas, Maria, Bluma e Dora.
® Encostada à loja, a clínica veterinária do Dr. Moysés Frymer, que, mais tarde, mudou-se para a Rua Vinicius de Morais, em Ipanema, onde ficou por muitos anos.
Adentrando pela Rua José Bonifácio, encontramos, na esquina com a Rua Honório, a
® Loja de móveis do Sr. Berko (Bernardo) Tkacz.
Retornando à Rua Arquias Cordeiro, no trecho entre José Bonifácio e Getúlio, chegamos à
® Alfaiataria do Sr. Srul Dykerman, ao lado da qual, curiosamente, havia uma outra, do Sr. Abram Josef Schneider (conhecido, à época, como Gueller Schneider, e, mais tarde, como Roiter Josef)
No quarteirão entre as Ruas Getúlio e Coração de Maria, localizava-se o
® Armarinho e correlatos do Sr. Boris Pilderwasser, pai de Bertha Zaltman (casada com Isaac Zaltman, um dos mais prestigiosos locutores do rádio) e David Pilderwasser, casado com Ruth Gotlieb, ambos médicos e que fizeram Aliá
A seguir, entre Coração de Maria e Aristides Caire, tinha sede a
® Casa Paraíso (armarinho, cama, mesa e banho), do Sr. Srul (Isaac) Arkader, de cujo casamento com D. Estela Melamed Arkader, resultaram 3 filhos – Jacob, Cecília e Paulina, esta prematuramente falecida.
No quarteirão seguinte, junto ao Hospital Salgado Filho, a
® loja de móveis dos irmãos Fucs - Beirel (Bernardo) e Moysés, o primeiro pai de Jacques e Regina e o segundo, de Sima, Yanchel e Adolpho.
® Em seguida, a Casa Queiroz (sapataria), cujo titulares eram dos poucos sefarditas estabelecidos na região, de nomes Obadia e Moisés Queiroz.
® Ao lado, o comércio de D. Anna Cherman (creio que de capas, guarda chuvas, etc.), mãe de Hélio e David Cherman (ambos engenheiros, sendo o primeiro falecido). D. Anna e o marido, Hilton Balter, foram dos primeiros a criar uma construtora, que recebeu o nome de Hilana.
Fechando o quarteirão, ao lado do cinema Paratodos, e na esquina com a Rua Lucídio Lago, vinha o
® Ponto Chic (armarinho e confecções), gerido pelo Sr. Pinho Silber. Casado com D. Branca Silber, teve as filhas Léa (Reznik) e Dora (Danon).
Imprescindível, antes de continuar, adentrar a Rua Lucídio Lago, e nela prosseguimos.
® S. S. Fisz, da qual era titular o Sr. Szmil (Samuel Fisz) – Emigrou para Israel, na companhia da esposa e da filha, Mira, permanecendo no Brasil o filho, José Marcos Fisz, membro da Academia Nacional de Medicina.
No lado ímpar, o
® Estabelecimento da família Prais, com o comércio de roupas, de cujo fundador não lembro o nome, mas dele participavam os filhos, Adolpho, Júlio e Jacob.
® Ao lado, a Cinta Elegante (confecções, com ênfase para roupa íntima), gerido pelo casal Szamszon e Fany Berenfeld Stanger. A filha (Inéia) emigrou para Israel e os 2 filhos, Luiz (engenheiro) e Paulo (advogado, publicitário, jornalista) faleceram prematuramente. Chegaram a ter algumas filiais, inclusive em Ipanema.
Voltando ao lado par, funcionou, na esquina com Frederico Meyer, a
® Ótica Rojane, em que um dos titulares era o Sr. Isaac Furman, casado com Sara (Quevitique) Furman. O nome homenageava a filha do casal, hoje titular da Babe – culinária judaica.
® Em seguida, no número 170-A, a firma de confecções do Sr. Josef Lustman, pessoa sobrevivente da guerra, e que acaba de completar 100 anos.
Na Rua Frederico Meyer, funcionava uma loja de roupas e confecções, cujo titular era o Sr. Mayer Lazkani.
Um breve “atalho” para a esquina de Frederico Meyer e Carolina Meyer, nos leva ao
® Estabelecimento dos irmãos Vajcberg (dos poucos judeus oriundos de Varsóvia). Os filhos Paltuel (Paulinho) e seus primos, Nute e Leib (Luizinho) frequentaram o Grêmio do Meyer, tendo o último falecido muito jovem.
Na Rua Carolina Meyer, eram estabelecidos, com a atividade de
® Jóias, relógios e correlatos, os irmãos Zylberberg.
Retornando à Rua Arquias Cordeiro, ao lado do cinema Mascote, era
® Estabelecido o Sr. Marcos Bersuc, com jóias e relógios. Uma de suas filhas, Léa, foi casada com o conhecido advogado Salomão Velmovitskty, pais de 3 filhos, igualmente advogados, Riva, Jesse e Arnon, este último o atual presidente da FIERJ.
Surpreendentemente, no lado da via férrea, em uns poucos trechos, era possível a utilização por estabelecimento comercial e, de início, vamos encontrar o
® Comércio do Sr. Szol Fajwel Messer, com atividade de roupas.
® Um pouco mais adiante, a loja de móveis do Sr. Jorge Silber, ativista comunitário, que, por muito tempo, presidiu o Centro Chaim Weizman.
sensacional !!! parabens ao autor !!!
ResponderExcluirNo 166/170 era a confeccção do meu Pai
ResponderExcluirFormidável....vai para meu arquivo "de boas lembranças ".A nossa comunidade era muito unida, inclusive a fundação do Colégio BIALIK e o GREMIO do MEIER...deve muito a estes patriarcas...que com pequenos donativos angariados..fizeram o MEIER...como referência de progressos .
ResponderExcluirDavid, sensacional. Parabéns por manter viva esta memória.
ResponderExcluirO meu avo (Israel Jose Oberman) tinha uma joalheria na Dias da Cruz esquina com 24 de Maio (a loja existe ate hoje - Joalheria Guarany).
ResponderExcluirExcelentes recordacoes,parabéns,David
ResponderExcluir