quinta-feira, 11 de junho de 2020

OS CAMINHOS DOS COMERCIANTES JUDEUS NO GRANDE MEYER (Parte 4)

Continuação



Colchoaria do Povo, na Rua 24 de Maio, 783.




Passando para o eixo 24 de Maio/Amaro Cavalcanti, vou abordá-lo no sentido contrário. O primeiro estabelecimento de que me recordo era a
®   Loja de móveis do Sr. Szymon Rodacki, na esquina da Rua Alice Figueiredo ou Henrique Dias, não estou certo.
®    No número 783, junto ao prédio da hoje desativada Faculdade Celso Lisboa, situava-se a Colchoaria do Povo (iniciada ainda nos anos de 1930), e cujo titular era o Sr. Jankiel Fajngold. O imóvel ainda existe, abrigando uma oficina de reparo de veículos.
®    Em seguida, na Rua 24 de Maio, em frente à passagem sob a via férrea que comunica os dois lados do Engenho Novo, a loja de móveis do Sr. Jacob Strasberg
®    No caminho para o Meyer, um breve desvio permite encontrar, na R. Barão do Bom Retiro, 51, a loja de móveis do Sr. Jayme Creimer, outro ativista comunitário, que presidiu o Centro Chaim Weizman.
®    Já no Meyer, ingressando pela Rua Dias da Cruz, vamos encontrar, quase na esquina com esta, no número 13 da R. Silva Rabelo, a confecção de roupa íntima do Sr. Çudok Handelsman. Mais tarde, com as desapropriações ocorridas na área, visando a criação da praça hoje chamada Agripino Grieco, a industria foi transferida para o prédio na Rua Getúlio, prosseguindo com o mesmo ramo, sendo que, após, assumiram a direção, Sender (Alexandre) e Sarah Motyl, respectivamente genro e filha do criador. A empresa existe até hoje, em plena atividade.   
Há um longo caminho até chegarmos, já no Engenho de Dentro, e depois do encontro com a Rua Adolfo Bergamini, a
®    Loja – igualmente de móveis – do Sr. Pinus (Pinheiro) Goldschmidt.
®    Ao lado dela, e em igual ramo de comércio, era estabelecido o Sr. Nathan Lachter, genro do casal Steinberg, adiante mencionado.
®    Quase em frente, na mesma Av. Amaro Cavalcanti, o comércio de móveis do Sr. Duvid (David) Vaisman, um dos poucos nascidos na Europa que falava um português impecável, e sem sotaque algum. Um dos filhos, Maurício, excelente advogado, faleceu precocemente.
® Alguns metros antes, o comércio de relógios e pequenas jóias, com ênfase, principalmente, para consertos, do casal Basia e Isaac Streinberg.
Mas, no Engenho de Dentro, a maior parte do comércio gerido por judeus localizava-se na Rua Adolfo Bergamini, e, praticamente todos, dedicados ao comércio de móveis. A exceção, neste particular,
®  Era o estabelecimento de armarinho e correlatos, do qual era titular o Sr. José Shcolnik.
®    Tenho lembrança da Mobiliária Belo Lar, do Sr. Gerson Dunajer.
®    A firma Comarovsky e Abramovitch tinha como um dos sócios o Sr. Enrique Comarovsky, que, antes de vir ao Brasil, teve uma passagem pela Bolívia.
®    O Sr. Leon Melamed comerciava, se não estou enganado, como firma individual.
®    Não tenho maiores recordações de detalhes de um estabelecimento em que um dos sócios era o Sr. Idel Mudrik.
®    Finalmente, no número 140, tinha sede – também como firma individual – J.L. Arkader, titularidade do Sr. Judka Leib Arkader, sendo que, de seus filhos (Rosalvo, Jacob e Raquel), esta última, com o sobrenome Vaissman, é, também, uma importante ativista comunitária.
Gostaria de agradecer aqui a ajuda de:  Adolpho Milech, Dan Pilderwasser, Marlene Sztyglic, Perla Shcolnik, Rachel Vaisman e dos três Jacob Arkader (filho de Chana e Pinchos Arkader).


Fim...




Um comentário:

  1. Olá, primeiramente parabéns pelo blog! Meu pai é filho do Sr José Scolnik citado no post e nasceu no bairro em 1936. Li para ele as outras matérias também e ele recordou vários dos citados . Que belas recordações. Obrigada.

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OS CAMINHOS DOS COMERCIANTES JUDEUS NO GRANDE MEYER (Parte 4)

Continuação Colchoaria do Povo , na Rua  24 de Maio, 783. Passando para o eixo 24 de Maio/Amaro Cavalcanti , vou abordá-lo...